Angra - Rio de Janeiro

No momento estamos em uma poita na praia da Armação, em Búzios. Após uma longa estadia em Angra, na marina Bracuhy, partimos para o Rio de Janeiro no dia 8 de junho.
A estadia em Angra foi muito proveitosa para nós. Permitiu que fizéssemos os pequenos reparos necessários, passeássemos pela região e principalmente nos adaptássemos a rotina de viver a bordo. O círculo de amigos velejadores e alguns até mesmo lancheiros nos receberam de braços abertos. Em praticamente todos os dias da semana havia atividades sociais (na realidade exceto as segundas feiras). Isso sem contar que, todos os dias, o pessoal se reunia de manhã para o chimarrão (coisa dos gaúchos Tassinari e Webber). Eu não tomo, mais o papo era muito bom.
No feriadão do dia 22 de maio recebemos a visita de primos de Minas. A Ana Lúcia, seu marido Marcelo e os filhos Camila e Caio. Eles chegaram na quinta e voltaram somente na segunda. Na sexta-feira fomos para a ilha Grande. Fizemos uma parada na enseada do Sítio Forte, praia da Tapera, onde fomos à praia nadar e passear. Em seguida navegamos até o saco do Céu para o pernoite. No dia seguinte fomos à enseada do Abraão. Lá fizemos uma boa caminhada até o antigo Lazareto e Prisão. No domingo retornamos à ilha Itanhangá onde passamos um dia agradabilíssimo.
Após um mês e meio em Bracuhy finalmente saímos no dia 7 de junho. Queremos deixar um forte abraço a todos de lá e em especial ao amigo Tassinari que providenciou junto à administração nossa estadia, aos amigos do Acauã, Webber e Miriam, do Casagrande Enio e Lu, e aos amigos do Tao Ricardo (serginho) e Glória. Desculpem-nos todos os demais que não citamos nominalmente, porém não serão esquecidos e não foram menos importantes para nós. O Thiago deixa um especial abraço aos amigos do Yemanja Dos o Teclo, o Kilian e o Ramses. Aos amigos Marçal e Eneida o abraço fraternal de sempre (pena que o Enzo e a Edna, João e Nazaré não vieram para curtirmos juntos alguns dias).
Saímos de Bracuhy com destino ao Piratas Mall, pois precisávamos fazer o supermercado. Após esses afazeres rumamos para a ilha Grande aonde chegamos já à noite. Pernoitamos novamente no saco do Céu por já conhecermos o lugar. Bem cedinho no domingo partimos para o Rio de Janeiro. Novamente um ventinho medíocre e na cara. Dá-lhe motor. A chegada ao Rio de Janeiro era aguardada por mim com muita ansiedade, pois nunca a havia feito e sabia das belezas dessa aproximação. Pena que uma névoa impedia a vista das belas montanhas. Paciência.
A estadia no Rio consistia em fazermos algumas compras para o barco (cartas náuticas, equipamento de mergulho, etc.), fazermos um social com a família e mostrar o Rio para o Thiago. Chegamos ao Iate Clube do Rio de Janeiro por volta das 4 horas da tarde. Na segunda-feira, após uma mudança de posição do barco fomos às compras e nada mais. Não conseguimos contato com ninguém da família (a galera trabalha) e apenas falamos com a Gê sobre o material escolar do Thiago que havia sido enviado para o apartamento da família. Na terça levamos o Thiago ao Corcovado. À noite aconteceu o lançamento do livro “Lobos do Mar”, um depoimento de Torben Grael a Murillo Novaes sobre a epopéia que foi a incrível campanha do BRASIL 1 na ultima regata volta ao mundo. Tive o prazer de comprar um exemplar e obter o autógrafo do maior velejador brasileiro de todos os tempos. O dia seguinte estava reservado para o zoológico da Quinta da Boa Vista. Um programa também agendado para a quarta-feira foi o jantar de comida alemã no restaurante do clube. A mesa estava farta e a música excelente. Para quinta-feira havíamos programado a ida ao Pão de Açúcar, supermercado e abastecimento do barco para sair na sexta com boa previsão de tempo (vento a favor). Contudo, com os atropelos de última hora chegou a noite e não havíamos feito as compras. Como eu também estava muito cansado resolvemos deixar a saída para sábado.
Saímos sábado (14/06/08) às 05:00 hs com destino a Arraial do Cabo. Na sexta-feira recebemos a bordo meu tio Zeca com galera (mineirão a bordo). À noite jantamos com meu amigo Marcio Ferrari e família e acabamos dormindo a meia-noite. O percurso até Arraial é de 71 milhas e a previsão era de vento norte (través). Demos com os burros n’água. O vento foi na cara o tempo todo, bem fraquinho. À tardinha o vento subiu até 20 nós. Entramos no boqueirão já escuro e com esse vento. O fundeio foi o maior perrengue. Coloquei duas âncoras à galga para ficar tranqüilo, porém só sosseguei após a 1 hora da madrugada quando o vento diminuiu. Levantamos sem compromisso em uma bela manhã na ilha de Cabo Frio. Após um bom café da manhã partimos para Búzios. Tentamos passar por sobre o banco, pelo lado de dentro da ilha, porém ao nos aproximarmos vimos os rolões que entravam e desistimos. Excelente decisão, pois fomos premiados com o belíssimo costão da ilha de Cabo Frio que rendeu belas fotos e filmagem. A ida até Búzios foi novamente com vento contra, quando existia. O mar estava relativamente grande em função do vento da noite anterior. Somente na perna final aproveitamos para uma pequena velejada apenas de genoa. A escala em Búzios é para aguardar a frente fria que permitirá a passagem pelo famoso Cabo de São Tomé, até Vitória com ventos a favor.