Onde estamos

Onde estamos
Marigot Bay - St. Lucia
Ilha de Santa Bárbara - Abrolhos

Os barcos (Pura Vida e Intuição) vistos da ilha


Ilhas Siriba e Redonda


Farol de Abrolhos


As edificações

Saímos de Búzios terça-feira, dia 17 de junho, com destino a Vitória. O vento sul entrou na segunda. Aguardamos somente a passagem da cabeça da frente e partimos com a expectativa da boa previsão – destino Vitória, com direito a passagem pelo famoso cabo de São Tomé. 189 milhas náuticas pela proa. A saída foi com vento terral fraquinho com todos os panos em cima. Assim que saímos da influência da península o previsto vento do quadrante sul morreu. Enrolamos a genoa para não incomodar e mantivemos a vela grande rizada para equilibrar o balanço do barco. Acionamos o vento de porão (motor), pois queríamos chegar de dia (previsão para quarta no meio da tarde). O vento se manteve assim (quase nada) e eventualmente soprava pela proa. Assim foi praticamente todo o percurso, incluindo a passagem pelo cabo de São Tomé por fora e sem sobressaltos. Faltando pouco para chegar o vento entrou forte na cara (20 a 25 nós) e o motor parou (entrada de ar no sistema de alimentação). Com o mar muito agitado para a necessária operação de sangria do motor e a chegada próxima, tocamos apenas na vela (grande no 2o rizo e genoa enrolada para 90%). Foram necessárias 3 cambadas para entrarmos na baía, e depois uma velejada tranqüila e gostosa até ao Iate Clube do Espírito Santo onde fomos muito bem recebidos.
Dia 23 (segunda) deixamos Vitória com destino a Abrolhos e Ilhéus. A estadia no Iate Clube do Espírito Santo foi muito agradável. Achamos a cidade de Vitória muito boa, o que nos surpreendeu. Aproveitamos os poucos dias lá para a manutenção do barco e passeios. A entrada de ar no motor foi causada por uma trinca no copinho de vidro do Racor o qual teve que ser substituído. Compramos uma âncora nova (Bruce de 20 kg) pois a que temos (15 kg) foi a garra lá na ilha Anchieta com não muito vento. O vento sul havia entrado no dia anterior com tudo. Um catamarã grande que estava subindo procurou abrigo apesar do vento ser a favor. Saímos cedinho na companhia do veleiro Intuição, comandado pelo Eduardo Petersen. O vento, pela alheta de boreste, não armava a genoa direito, com o que envergamos apenas a grande e já fazíamos 7 a 8 nós (suficiente). Com a distância de 170 milhas e a essa velocidade chegamos a Abrolhos bem cedinho. Com ventos do quadrante sul Abrolhos não abriga bem. É necessário fundear na face norte da ilha de Santa Bárbara, mas o mar fica muito mexido. Abrolhos é um arquipélago composto pelas ilhas Santa Bárbara, Redonda, Siriba e Sueste e uma série de parceis de coral. Esses parceis se estendem por uma extensa área o que torna a região muito perigosa à navegação. O arquipélago é um nicho ecológico, apresentando um tipo de coral endêmico (coral cérebro) e também é berçário das baleias Jubarte, as quais vêm todos os anos parir suas crias e engorda-las antes de retornar às latitudes austrais. Foi transformado em parque nacional marinho, e está sob os cuidados do Instituto Chico Mendes. Só é permitida a ancoragem no entorno na ilha Santa Bárbara que esta sob os cuidados da Marinha do Brasil. O desembarque só pode ser feito na ilha Siriba com acompanhamento de guia do Instituto Chico Mendes. O desembarque na ilha Santa Bárbara só é possível com autorização da Marinha. Pesca nem pensar. Sendo assim preservado e apresentando uma visibilidade de água incrível, é um lugar de mergulhos fantásticos. Não foi o nosso caso. Com o vento sul a água fica muito agitada e turva, ficando o mergulho sem graça. Quanto às baleias ainda é cedo na estação. Avistei apenas uma, ao longe (dando o seu característico salto).

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